O cais do terminal já está pronto, para a primeira fase de operação, e equipamentos modernos e altamente eficientes estão a caminho por mar. Ontem (dia 19), o segundo navio, de um total de quatro, com mais um lote de última geração de transtêineres e portêineres – utilizados na movimentação portuária – deixou o Porto de Shangai, na China, com destino ao cais da Brasil Terminal Portuário (BTP). O primeiro navio que transporta o carregamento inaugural, já está no meio do caminho rumo ao Brasil, com a chegada prevista para a primeira quinzena de agosto no Porto de Santos. Ao todo, a BTP contará com oito portêineres – que transportam a carga entre o cais e o navio – e 26 transtêineres, para utilização nos pátios. Com isso, a empresa continua a se preparar para o início das operações que acontecerá em breve.
A automatização e a modernidade da infraestrutura utilizada no futuro terminal multiuso da BTP vão além-cais. A empresa construiu uma subestação com capacidade para receber até 138.000 volts. Apenas como comparação, a usina de Itatinga, responsável pela energia destinada ao Porto de Santos, gera 11.400 volts. Esse sistema elétrico irá abaixar a tensão recebida para 13.800 volts, para alimentação dos novos portêineres – equipamentos elétricos de transporte de carga entre o cais e o navio. Além disso, há 10 subestações de média tensão, também instaladas no local, receberão energia para iluminar a área do terminal e abastecer as tomadas, de 440 volts cada, para ligação dos contêineres frigoríficos.
Toda a energia virá da concessionária pública, na medida em que a usina de Itatinga, sozinha, não poderia fornecer toda a potência necessária. Uma linha responsável pela transmissão elétrica foi necessária ser construída pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), ao longo da Av. Nossa Senhora de Fátima, em Santos, com conclusão prevista para o próximo mês. A BTP custeia esse investimento estimado em R$10 milhões. Para se ter uma ideia, a capacidade instalada da subestação elétrica da BTP – construída em cerca de um ano no terminal – é suficiente para abastecer, em média, o consumo de energia de 10.000 residências.